sábado, 25 de fevereiro de 2012

MORDIDAS NA INFÂNCIA...

Clouse Marinho



Mordida - em quem dói mais? [20/03/2007- Matéria da Edição :84 - Fevereiro de 2007 ]
Até os três anos de idade, as mordidas são conhecidas, comuns entre as crianças, mas sempre preocupam pais e professores. Para entender o fato, é preciso voltar nossa atenção para o desenvolvimento físico e emocional das crianças.

O mundo pela boca
Crianças pequenas têm interesse e curiosidade por tudo que há à sua volta. A grande interação com o mundo, todos sabem, principia pela boca, por onde o indivíduo faz importantes descobertas separando o que o constitui e o que constitui o outro. Significativas sensações de prazer físico, psíquico e social acontecem nesse período, que acompanha a dentição.
Na fase oral, encontramos, com freqüência, a criança mastigando, sugando, chupando, produzindo sons, levando objetos à boca. E mordendo. Desejando conhecer o outro, apropriar-se dele - coisas e pessoas - , manifesta-se desse modo, com essa agressividade primitiva.

É meu!
É claro que, um pouco mais tarde, a mordida ganha nova feição, passando a ser um modo de chamar a atenção mais rapidamente ou a resposta a um desejo contrariado (antes o choro era o recurso mais utilizado para isso). Normalmente essa criança ainda não fala com tanta fluência, articula as palavras com alguma lentidão e sabe que, com essa abordagem mais "enfática", resolverá mil vezes mais rapidamente a disputa pelo brinquedo. Apesar de sabermos que essas manifestações agressivas na infância não resultam na constituição de um sujeito violento na idade adulta, é claro que esse comportamento deve ser desestimulado. Com a estruturação da linguagem e do pensamento, com a construção da razão, a criança encontra estratégias mais refinadas para solucionar conflitos.
Em situações estressantes, esse tipo de reação também não é algo raro. Mães e professores têm relatos de crianças que, em meio a um grande número de pessoas, como em festas, por exemplo, mordem por ansiedade e insegurança. Alguns momentos na vida da família também podem detonar irritabilidade e agressões: um irmãozinho chegando ou recém-nascido; pai e mãe se separando; mudança de casa ainda não assimilada; todos são exemplos muito comuns. Ainda devemos lembrar dos filhos únicos e mais possessivos, que costumam ter um baixo nível de tolerância.

Ajudando a criança que morde
Cabe-nos ajudar tanto a criança agressora quanto a que sofre as investidas identificando as razões das mordidas e interrompendo o processo para evitar a instalação da agressividade no grupo. Dê possibilidade a seu filho ou aluno de expressar o que ele sente para que compreenda o que está acontecendo consigo. Quando ele não souber dizer por que mordeu o colega, experimente oferecer-lhe algumas opções.
Fora da situação em que os ânimos estão exaltados, mostre à criança que o amigo ficou triste e machucado. É importante considerar que o conceito de dor, como o de outras sensações, é construído. Imaginar-se no lugar do outro é um excelente exercício para despertar a percepção das conseqüências das ações que se pratica.
Por mais que pareça a melhor medida, o isolamento da criança não resolve o problema. Aprende-se a conviver bem experimentando a convivência. Ao mesmo tempo, dê mais atenção às crianças para reduzir a incidência de ataques.
Antecipe a ação negativa intervindo para evitar que a criança reincida. É preciso aprender a identificar o contexto dentro do qual ela apela para a mordida. Assim, quando estiver diante da situação-limite, a criança terá a chance de ser estimulada a trocar a comunicação corporal pela argumentação verbal.
Impeça que a criança sinta-se premiada com o comportamento inadequado. Ela não deve usufruir daquilo que conquistou à base da mordida (isso vale para chutes, beliscões, tapas, arranhões). Além disso, estimule sempre um pedido de desculpas.
Se você perceber a necessidade de ameaçar com uma medida punitiva, combine o que acontecerá se o ato voltar a ser praticado e cumpra o combinado. Voltar atrás é dizer que você não tem certeza de sua decisão. Vale lembrar que a punição não deve ser física e que a criança não deve ser humilhada.

Ela foi mordida de novo
Muitas vezes, avalia-se que uma criança é precoce, que é mais madura porque gosta mais de conviver com crianças mais velhas ou com adultos, demonstrando desconforto, inquietude, irritação quando está com outras crianças de sua idade. Claro que é possível que isso ocorra, mas o que verificamos, normalmente, é que o dia-a-dia entre indivíduos da mesma faixa etária, na fase do desenvolvimento de que estamos tratando, é mesmo o que há de mais difícil - por isso, às vezes, menos desejado -, pois todos têm demandas semelhantes. Aqui não há o que "tem que ceder porque o amigo é mais novo".
Voltemo-nos para a criança que é mordida repetidas vezes. Ela precisa de acolhimento - atenção e ajuda - para melhorar seus reflexos, expressar seu descontentamento e encontrar mecanismos de defesa. Fortalecê-la, porém, não é incentivar o revide, o que ocorre com freqüência com alguns pais pelo receio de que seu filho se torne um sujeito passivo diante da vida. É preciso lembrar que o adulto não deve oferecer um modelo agressivo sob pena de fixar o ambiente hostil que está rondando os primeiros relacionamentos da criança. Por mais que seja sofrido ver o filho marcado por um colega, evite o rancor, pois a criança que morde não é má, e seus pais sofrem muito temendo que ela seja discriminada pela turminha e pelos outros pais.

Final feliz
Uma mãe, minha amiga de longa data, vive recontando as histórias de seus dois filhos. O primeiro foi mordido algumas vezes pelos colegas, e isso doía mais nela (quem não a compreende?) do que no braço dele. O segundo filho, dois anos mais novo, foi para o outro lado da corda: até babava, literalmente, quando via uma bochecha por perto. Aborrecido, então, distribuía empurrões e marcas de dentes entre os que estivessem ao seu alcance. Ela não sabe quando sofreu mais: se quando mãe da vítima ou mãe do agressor.
Bem, a boa notícia é que esses comportamentos são passageiros. Se bem conduzidos, por mãos firmes e afetivas, nossos pequeninos aprenderão a superar essa fase e construirão relações sociais saudáveis. Trocar experiências com o professor, com o pediatra, com o psicólogo, com outros pais rende tranqüilidade para uma ação positiva.
Aglacy Mary 

Um novo olhar para a Educação Infantil

Um novo olhar para a Educação Infantil

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

SEXTA-FEIRA TEM CAMARIM...


* SEXTA-FEIRA É DIA DO CAMARIM DIVERTIDO!!


 O camarim divertido consiste em uma mala recheada de fantasias, maquiagens, máscaras e adereços. 
É um momento pensado com o intuito de proporcionar às crianças a construção de jogos simbólicos, que permitem recriar e ressignificar a vida real, contribuindo na construção da sua personalidade e desenvolver-se no campo cognitivo, afetivo e social.






Instituto Autismo & Vida: Livros

Instituto Autismo & Vida: Livros: A criança autista em trabalho , de Jeanne de Llers Costa Ribeiro – 7Letras Alucinações musicais , de Oliver Sacks - Companhia das Letras A...

Instituto Autismo & Vida: Inclusão Escolar

Instituto Autismo & Vida: Inclusão Escolar: 1) DICAS DE ENSINO PARA CRIANÇAS E ADULTOS COM AUTISMO: Autora: Temple Grandin – PhD. http://www.autism.org/temple/tips.html trad...

Instituto Autismo & Vida: Seminário: Estimulação Precoce

Instituto Autismo & Vida: Seminário: Estimulação Precoce: EDUCAAÇÃO Formação Continuada para EDUCADores promove: SEMIN ÁRIO: ESTIMULAÇÃO PRECOCE Data: 14/04/12 (sábado) Horário: 8h às 13h Local: ...

Dia Internacional de Asperger: 18 de fevereiro

Por Renata Costa de Sá Bonotto para o blog do Instituto Autismo & Vida:


“Estamos convencidos, então, que pessoas autistas têm seu lugar no organismo da comunidade social. Elas desempenham bem seu papel, talvez melhor que qualquer outra pessoa poderia, e estamos falando de pessoas que quando crianças tinham muitas dificuldades e causaram incontáveis preocupações aos seus cuidadores.”
(Hans Asperger 18/02/1906 –21/10/1980)

Comemora-se em 18 de fevereiro, data do nascimento do pediatra austríaco Hans Asperger, o Dia Internacional de Asperger. A partir do estudo de 4 meninos, Hans Asperger identificou e descreveu um padrão de comportamento e habilidades que nomeou“psicopatologia autista”. Segundo ele, a condição incluía os seguintes traços: falta de empatia, pouca habilidade para fazer amigos, conversação unilateral, absorção intensa em um interesse especial e movimentos desajeitados. Devido à grande habilidade que essas crianças demonstravam em discorrer detalhadamente sobre seu interesse preferido, Asperger veio a se referir a elas como “pequenos professores”. Conta-se ainda que ele próprio quando criança, distante e solitário, com dificuldade de fazer amigos e hábil no uso das palavras, exibia as características que vieram a se caracterizar como Síndrome de Asperger anos mais tarde.

Hans Asperger
O primeiro trabalho de Hans Asperger sobre autismo foi publicado em alemão em 1944, um ano depois que Leo Kanner publicou o seu trabalho seminal sobre autismo infantil nos E.U.A. em 1943. A descrição de Hans Asperger se assemelhava bastante ao trabalho do neurologista russo Grunya Sukhareva, já publicado em 1926.

A visão positiva de Hans Asperger sobre autismo (forma de alto funcionamento) difere grandemente daquela apresentada por Leo Kanner. Muitas das crianças que Hans Asperger identificou como autistas se tornaram adultos talentosos e com excelentes carreiras.

O termo de“Síndrome de Asperger” foi primeiramente usado em um artigo da pesquisadora britânica Lorna Wing em 1981, que apresentou o modelo de autismo de Hans Asperger em oposição ao modelo difundido de Leo Kanner. O trabalho de Hans Asperger começou a ser traduzido do Alemão para o inglês em 1989 e recebeu maior atenção a partir da década de 90. Atualmente, é um diagnóstico amplamente reconhecido. Pesquisadores e pessoas com Síndrome de Asperger têm advogado uma mudança de postura em relação à condição, de modo que seja identificada como diferença em vez de deficiência que deva ser curada.

Algumas referências sobre o assunto na web:

A dona aranha

O Sapo não lava o pé - DVD Galinha Pintadinha - Desenho Infantil

A Baratinha - DVD Galinha Pintadinha

Galinha Pintadinha - videoclip infantil animado

Pintinho Amarelinho - DVD Galinha Pintadinha

Atirei o pau no gato - DVD Galinha Pintadinha 2 - Para Crianças e Bebês

Meu Lanchinho - DVD Galinha Pintadinha 2 - Desenho Infantil

Borboletinha - DVD Galinha Pintadinha 2 - Desenho Infantil